quinta-feira, 26 de junho de 2014

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Dói muito.Muito.
E como se explica o que se sente?
Não se explica.
Minha vida é tão antiga quanto nós.
Nossas histórias se misturaram tanto que é impossível
separar o que sou eu, quem é você, o que somos nós.
Já me decepcionei muito, já te perdi, te ganhei.
Você voltou e eu sumi.
Hoje, perdi o chão (e sinto que realmente te perdi).
Chorei tanto, passei mal, não tinha com quem conversar,
pedi a todos os anjos e santos uma explicação para
tudo isso.
Errei tanto, chorei pelos meus erros e pelos seus.
Chorei pela falta sua que sinto e pela minha ausência
que você parece não sentir.
Tentei de tudo, perdoei, ato que acho que eu nunca
seria capaz de ter. Você perdoou, nós vivemos.
Depois de tantas cicatrizes, um choro compulsivo
de horas, uma sensação de solidão me tomou por
completo e eu já não sei mais o que fazer.
Tantas horas fazendo análise, tanto tempo pensando
no que foi feito de errado, no que poderia dar certo,
que eu me perco entre lágrimas e sofrimento.
Choro, meu estômago se contorce e meu cérebro
a cada momento que eu tento entender se funde
entre imagens tristes e alegres.
Vejo suas fotos com outra pessoa e pergunto a Deus
repetidas vezes porque tudo isso está acontecendo.
Hoje morri por dentro mais uma vez.
Morri de tal maneira que não me cabe muito raciocinar
e até isso dói e até pensar em um tempo remoto devasta.
Não tenho vontade de sumir. Ir para onde?
Não, queria apenas ser congelada no tempo e
reacordar noutro tempo.
Vejo que você nunca perdeu o contato com a
pessoa de quem fala tão bem.
Enxergo além e me sinto mal, hoje queria
permanecer na ignorância, cega como sempre fui.
E eu me sinto como um velho souvernir empoeirado
que você guarda em uma das muitas caixas que tem.
Você liga e eu não consigo falar nada.
Você emputece, eu choro.
E até ouvir a sua voz dói.
Dói muito, e hoje eu não queria existir.
Eu não fui a melhor mulher, companheira,
amiga, inimiga, amante,affair, achado, perdido,
guardado, iludido, ludibriado.
Choro por não ter sido.
Talvez ela seja.


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