domingo, 26 de junho de 2011

Caio Fernando de Abreu

"Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa. [...] E se ela se afogar, se recupera. [...] E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça – que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca – levanta e segue em frente."

(Caio Fernando de Abreu) 


Assim como Caio Fernando de Abreu,e sua grande amiga Hilda Hilst,que talvez seja assim como eu e milhares de outros que pensam,sentem,vivem,amam,sofrem,cantam,choram,demais,demais,demais.
Talvez a verdadeira intensidade seja privilégio de poucos,não dos que querem,mas sim,dos que sabem vivenciá-la,nem sempre da maneira correta,menos dolorosa,mas na medida que a própia natureza exige,verdadeiramente sendo o que é,desconstruindo o modelo do que a sociedade rege,enfatizando através do coração,alma e espírito o que é necessário a existência.
Aos amantes capitalistas e seus contratos nupciais,as promissoras madames que andam com seus cartões recheados de cifrões e com a cabeça,alma e verdades vazios,isolados,talvez nunca evidentes,por deixar de existir, o que não se pratica.
O amor é muito mais do que pensamos e vivemos,ninguém soube definí-lo e a medida que a realidade mostra sua cara é que vemos que a maioria nunca saberá identificá-lo,não por falta de oportunidade,nem por falta de sensibilidade,mas por excesso de tudo,menos de compreensão e discernimento.

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