segunda-feira, 12 de abril de 2010

Segundo Tempo Modernista : A Poesia (parteI)


Não te aflijas com a pétala que voa:

também é ser, deixar de ser assim.


Rosas verá, só de cinzas franzida,

mortas, intactas pelo teu jardim.


Eu deixo aroma até nos meus espinhos

ao longe, o vento vai falando de mim.


E por perder-me é que vão me lembrando,

por desfolhar-me é que não tenho fim.

(Cecília Meireles)


Nem sempre...

Nem sempre dá-se tempo pra ouvir o coração...
Nem sempre dá-se ouvido ao sexto sentido ou aquilo que chamam de emoção.
Nem sempre dá-se espaço pra que se caiba num abraço.
Nem sempre criam-se vínculos através do mais lindo laço.
Nem sempre é além do Atlântico a divina morada.
Nem sempre pensa que se sabe,quando se forja a própia estrada.
Nem sempre ganha-se um sim.
Nem sempre se esquece o não.
Nem sempre acaba o que teve fim.
Nem sempre as coisas na vida
serão necessariamente assim.

(Jú Fernandes)

Um comentário:

Encaixote suas ideias com cuidado!O feitiço pode virar contra o feiticeiro...